21.9.04

SÍNDROME DE ESCADA Nesse último sábado, passei um longo tempo conversando com a amiga 'Michelle Ciccone'. Divertida e com uma boa cabeça, sempre enxerguei como um desperdício para a humanidade essa amiga continuar solteira ou, ao menos, sem namorados há tanto tempo. Nós conversamos sobre vários assuntos e, como não poderia deixar de ser, boa parte da conversa orbitou pelo campo dos relacionamentos e experiências de cada um. Num dado momento de nossa conversa, lembrei de um episódio de "Miss Match", onde uma mulher muito legal, boa, segura, independente pede para a 'casamenteira/advogada' Katie Fox arranjar-lhe um namorado. A tarefa parece fácil, mas Katie percebe que é muito difícil e não entende porquê. Depois de pesquisar com vários 'ex' da dita cuja, ela percebe algo aterrador: a mulher sofre de 'síndrome de escada'. Ou seja, durante o relacionamento ou mesmo depois dele, o modo com a mulher agia com seu parceiro levava ao crescimento/amadurecimento do cara, mas ele só se dava conta disso depois. Criei esse termo pra exemplificar esse caso e outros onde alguém entra de cabeça numa relação com outra pessoa e provoca - querendo ou não, por bem ou por mal - mudanças positivas na vida do parceiro. A pessoa acaba por servir de escada para o crescimento/desenvolvimento/amadurecimento do parceiro e este acaba não percebendo. A crise que se deflagra no relacionamento faz ambos sofrerem mas, no fim das contas, o parceiro da pessoa 'escada' sai com muito mais material pra trabalhar o seu próprio crescimento. O pior, como eu disse, é que muitas dessas pessoas não se dão conta da importância do papel da 'escada' em sua vida. Bem como a própria pessoa 'escada' só se dá conta depois do quão importante ela foi. Analisando a história de vida da própria 'Michelle Ciccone', nós percebemos o quanto ela foi uma escada para o crescimento de cada namorado dela, todos as novas perspectivas que ela os ajudou a perceber, toda a influência positiva que ela gerou na vida dessas pessoas, todo um mundo novo que ela possibilitou que eles descortinassem, coisa que não podiam fazer antes porque se prendiam a certos (pré-)conceitos e idéias, dos quais só acabavam se livrando com o amadurecimento que a convivência com a minha amiga os fazia experimentar. Ela foi a escada que os fez 'subir na vida'. Eu mesmo já me fui escada para o crescimento pessoal de muitas pessoas com quem já me relacionei, seja por namoro ou amizade. Acredito que cada um de nós já teve o seu momento de escada em seus relacionamentos interpessoais. Todo mundo, em maior ou menor escala, já participou ativamente do crescimento mental, espiritual ou mesmo físico de outrem. Todos nós já tivemos o papel de motivar alguém. O que acontece é que tem pessoas que acabam se tornando quase que 'escadas profissionais', que desenvolvem - não por conta própria ou por sua vontade - essa 'síndrome de escada' e não conseguem se livrar dela. Seus relacionamentos acabam fracassando porque os envolvidos acabam por se estabelecer em ritmos diferentes. Afinal, o balanço de trocas na relação do casal se torna desigual... O que dói, no campo dos relacionamentos românticos, são duas coisas: (1) a falta de reconhecimento do papel desempenhado pela escada, que às vezes não recebe nem um 'obrigado' ou mesmo é tratada com indiferença ou raiva, além de (2) o eterno questionamento de algo que foi tão postitivo ter dado tão errado... Talvez todos nós precisemos de outras 'escadas' que nos façam prestar mais atenção nas 'escadas' que nos têm acompanhado. Postado por:Andreh Hora:10:37 AM |

15.9.04

A NOSSA EVITA A governadora Rosinha Garotinho se consagra como "A nossa Evita". Com ela no poder você: Evita São Conrado! Evita o Túnel Rebouças! Evita a Linha Vermelha! Evita a Linha Amarela! Evita a Avenida Brasil! Evita sair de casa! Na próxima vez, vê se lembra e Evita de votar nela. (Recebi por e-mail. Quem mandou - muito bem - foi a amiga Giovanna Cantarelli) Madonna como Evita: tanto Evita quanto Rosinha conquistaram seu público pelo apelo do Rádio. Postado por:Andreh Hora:2:29 PM |

10.9.04

PROPAGANDA ELEITORAL GRATUITA... ... é melhor que qualquer programa de entretenimento da televisão brasileira. No Rio de Janeiro, pelo menos, é cada figura que aparece! Tem candidato sem as pernas, com o slogan de que "esse não te passa a perna". Tem candidata com cara de puta que pede pra você "votar gostoso". Tem candidato de tudo quanto é tipo: vesgo, caolho, feio, estranho, traficante, ex-policial, ex-modelo, desinibido, gente que parece robô, problemas de dicção e dentição, gente sem-graça, gente sem-vergonha... alguns com cadeira cativa, outros com brilhos estranhos no olhar. E as propostas? Cada uma mais descabida que as outras. Prometem emprego, esporte, melhores salários, erradicação da pobreza, dos males sociais, casa-comida-e-roupa-lavada, vale-shampoo e chapinha a R$1. No inteiror, a diversão também é garantida. Lembro que, certa vez, em Campos, um candidato prometia no rádio por fim à menstruação! Fiquei tão 'absurdizado' com essa promessa que só agora, quatro anos depois, é que fiquei curioso sobre o modo como ele faria isso... Eu voto em Cabo Frio. É uma desculpa perfeita pra viajar no fim de semana da eleição. Agora, no feriado da independência, pude ver a campanha eleitoral de lá. Além de tudo que já citei como fatores de diversão, ainda tem o fato de que eu conheço quase todo mundo que aparece na propaganda eleitoral de Cabo Frio! Bizarro! O candidato que elegi como o mais divertido foi o... Palhaço Natureza! O Palhaço Natureza segue a linha do finado Palhaço Chupeta: além de entreter as pessoas, ainda executa o trabalho de ajudar crianças perdidas na praia. Ele só é menos simpático que o Chupeta. Mas o Natureza me ganhou mesmo com o seu slogan de campanha: "palhaço por palhaço, prefira o original"! Postado por:Andreh Hora:2:59 PM |

3.9.04

OLIM-PIADAS! Eu sou a favor de que se faça pressão, um lobby bem forte, pra que cabra-cega, pique-bandeira e queimado se tornem modalidades olímpicas! São esportes legais, divertidos de jogar e de ver. Todos eles têm regras - que variam de acordo com a região, mas isso pode ser resolvido se for criada uma comissão nos comitês olímpicos. Aliás, dessa forma, pode-se até estabelecer número fixo de participantes , determinar regulmentos e julgar casos omissos! Imaginem só que espetáculo uma final de queimado entre Brasil e Cuba? Ou Rússia e USA? Ou Tuvalu e Montreal? Se bem que queimado não é um bom nome pra esporte olímpico. Na verdade, nem cabra-cega ou pique-bandeira (que, convenhamos, parece coisa de jogo de tabuleiro, como "War"). Ah, basta dar um nome mais 'elegante' pra eles, como fizeram com a peteca. Afinal, o tal do "Badminton" nada mais é do que um jogo de peteca com mais regras e um nome fresco... Postado por:Andreh Hora:11:51 AM |